Para Hegel, o processo histórico da alienação do homem continha também á história da alienação do homem.
“Aquilo por que a inteligência de fato anseia, é a percepção de si própria; mas, ao fazê-lo, ela oculta aquele objetivo da sua própria visão e fica orgulhosa e bem satisfeita nesta alienação de sua própria essência”.
Para Hegel, o conceito de alienação está baseado na distinção entre existência e essência. O que ele percebe é que o homem “a existência do homem fica alheia a sua essência”, desta forma, como encontramos no texto de Erich Fromn, Hegel observa que; ”o fato de o homem não ser o que é potencialmente, ou, por outras palavras, de ele não ser o que deveria ser, e de ele ser aquilo que poderia ser”.
Hegel também se volta, para a questão religiosa quando trata do tema da alienação. No texto do prof. Jacques D’Hondt “De Hegel a Marx”, encontramos o seguinte comentário sobre esta questão da alienação e o pensamento religioso:
“No livro A vida de Jesus, Hegel apresenta o Cristo como um homem virtuoso que suporta a todos, um destino prosaico; quando interpela os quatros evangelhos, Hegel elimina deles “não só a religião como também sua poesia”.
Em suas primeiras obras e nas mais tardias concebe as religiões, não como realidades sobrenaturais, porém, como expressão dos povos – expressão que, com o transcorrer do tempo se vai transformando em algo estranho a eles mesmos.
Seja como for, muitas páginas de Hegel serão incompletas se não se supuser como fundamento as teses de um deus a imagem do homem, um reflexo da consciência coletiva dos povos.
Alienação para Karl Marx
Alienação, para Marx, tem um sentido negativo (em Hegel, é algo positivo) em que o trabalho, ao invés de realizar o homem, o escraviza; ao invés de humanizá-lo, o desumaniza. O homem troca o verbo SER pelo TER: sua vida passa a medir-se pelo que ele possui, não pelo que ele é. Isso parece familiar? Pois é, vamos ver os detalhes.
O filósofo alemão concebeu diferentes formas de alienação, como a religião ou o Estado, em que o homem, longe de tornar-se livre, cada vez mais se aprisionaria. Mas uma alienação é básica, segundo Marx: a alienação econômica.
A alienação econômica pode ser descrita de duas formas: o trabalho como (a) atividade fragmentada e como (b) produto apropriado por outros.
Alienação para Georg Hegel e Karl Marx
"Esses jovens de hoje, tão alienados...". Esta expressão, que a maioria de nós já ouviu alguma vez na vida, provavelmente foi entendida como se referindo ao fato de que, na juventude, não temos muita responsabilidade, queremos mais é curtir a vida. Mas, afinal de contas, será que somos alienados? O que é, então, alienação?
O termo entrou no vocabulário contemporâneo graças a Karl Marx, que, assim como no caso do conceito de dialética, retirou a idéia de alienação de suas leituras de Hegel, mas o revestiu de um caráter inovador e, como em tudo em Marx, muito crítico.
Tanto em Marx quanto em Hegel, alienação está ligada ao trabalho. Para Hegel, o trabalho é a essência do homem, quer dizer, é somente por meio de seu trabalho que o homem pode realizar plenamente suas habilidades em produções materiais.
Mas quando o pensamento puro se torna pensamento sensível, visando uma realização material na forma de trabalho, nos alienamos, isto é, nos separamos da essência pura e abrimos caminho para uma separação entre ideal e real, que de novo irão se unir ao que Hegel chama de Espírito Absoluto.
Muito abstrato? Marx também achou, mas viu nestas idéias algo interessante, que poderia explicar as relações sociais no capitalismo e, mais do que isso, desvendar um dispositivo fundamental da máquina capitalista.
Para isso, voltou-se para a realidade concreta, em que os trabalhadores eram explorados em fábricas e deixavam seus patrões cada vez mais ricos, enquanto eles e suas famílias ficavam cada vez mais pobres.
Bibliografia: http://educacao.uol.com.br/filosofia/marx-alienacao.jhtm
http://www.elencus.com/karl_marx.htm